SEMANA DE 4 DIAS ENTRA NA AGENDA DO BRASIL E DO MUNDO

A semana de quatro dias úteis começa a ser testada no Brasil, repetindo uma tendência verificada em outros países. As companhias que instituíram a nova jornada no Brasil veem melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de produtividade e receitas. A semana de quatro dias, no entanto, ainda é uma experiência que vem sendo abraçada por organizações de perfil de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva.

Fora do Brasil, o conceito tem sido aplicado na Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia, Japão e EUA, entre outros.

Na Escócia, a decisão foi o resultado de uma promessa de campanha do partido vencedor das eleições. Já a Bélgica, também aprovou uma semana útil de quatro dias, mas com a diferença de que para aproveitar o benefício, os funcionários terão de compensar as horas do dia de folga durante os quatro dias de trabalho. Por lá, a carga horária semanal é de 38 horas. O Japão, por sua vez, está considerando implementar uma semana de trabalho de quatro dias, com o governo liderando esse movimento. Uma experiência anterior da Microsoft local e chamada “Work-Life Choice Challenge 2019 Summer”, mostrou que os funcionários estavam mais felizes e 40% mais produtivos com esse modelo.

Uma experiência parecida foi realizada aqui no Brasil e parece corroborar esta tese. A agência de comunicação Shoot, de Porto Alegre, instituiu a semana de trabalho de quatro dias em um modelo bem menos exaustivo, com carga de trabalho diário de apenas seis horas. A mudança não trouxe nenhum revés para os 11 funcionários da empresa, que continuam recebendo o mesmo salário e folgam três dias por semana desde janeiro deste ano. Além disso, não há controle de entrada e saída dos colaboradores. De acordo com Artur Scartazzini, CEO da empresa gaúcha, não houve redução na produtividade e nem do lucro da agência com o novo modelo.

E você? É a favor ou contra esta tendência?