O Brasil terá novas eleições em nível federal e estadual em outubro e, com elas, o início de mais um processo de sucessão administrativa. Todo processo de sucessão é delicado e complexo e, como tal, deve ser executado com disciplina, critério e método para que não hajam descontinuidades, hiatos, bolas divididas e retrabalho. Por outro lado, ele também pode ser aproveitado como uma excelente oportunidade para se fazer mudanças necessárias que os antigos administradores ou gestores não tiveram vontade ou meios (apoio ou capital político, conhecimento técnico, recursos orçamentários etc.) para implementar.
Assim, é relevante que, durante o período de transição de governo, sejam observados alguns pontos, a saber:
ALINHAMENTO
O diálogo entre as equipes de transição é essencial para que quem está assumindo possa “tomar pé da situação” o mais rápido possível. Pra isso, é preciso que hajam pontos focais temáticos que estejam encarregados desta agenda, tanto no governo de saída, responsável por fornecer informações, acessos e esclarecimentos, quanto no governo de entrada. Como ponto focal devem ser indicados técnicos qualificados no respectivo tema. E os temas podem seguir a definição de pastas ou secretarias de governo, por exemplo.
PLANEJAMENTO
Por planejamento, me refiro, basicamente, a 3 etapas: diagnóstico da situação atual, elaboração de planos de ação e follow-ups periódicos. Sempre digo que quem falha em planejar, planeja falhar. Por isso, os novos administradores devem realizar uma análise crítica da situação atual nas diferentes pastas de governo à luz dos interesses públicos para que possa aplicar os recursos disponíveis na continuidade das medidas e projetos bem sucedidos que vinham sendo adotados pelo governo anterior e no ajuste do que não estava bom. O orçamento deve refletir e sustentar esse planejamento de governo, ou seja, é preciso priorizar para que a peça orçamentária seja suficiente para custear a máquina pública e os projetos de melhoria priorizados.
LIDERANÇA
Liderança é indelegável! Uma ação mediana bem executada traz mais resultado do que um plano perfeito e inexequível. E este é o ponto em que a maioria das organizações (públicas ou privadas) costuma falhar por uma baixa disciplina e capacidade de execução. Por isso, o papel da liderança é fundamental no sentido de garantir o cumprimento do plano de governo, o engajamento dos administradores indicados e, claro, a governabilidade e apoio político, ser os quais nada é aprovado. O melhor time e o melhor plano não caminham sem a liderança, que dá as diretrizes, monitora as prioridades e cobra resultados.
Como já ouvi diversas vezes do Professor Falconi: “liderar é bater metas, através do time, do jeito certo”, ou seja, sem abrir mão de valores republicanos e fundamentais.
A Matriz BCG, ou Matriz de Crescimento-Participação, é uma ferramenta de análise estratégica desenvolvida…
A padronização de processos é essencial para garantir a consistência e eficiência nas operações empresariais.…