“Disposição para questionar, ouvir ativamente, respeitar outras visões, ousar, desaprender e reaprender são condições essenciais para explorar novas formas de gerar valor e viabilizar as transformações necessárias. Para que atuem como agentes de transformação e catalisadores da adaptabilidade e da agilidade das organizações, os conselhos devem ser compostos com maior foco em diversidade e competências socioemocionais.”
Esta é a mensagem da “Agenda Positiva” do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) no pilar “Conselhos do Futuro”. Este documento foi lançado por ocasião dos 25 anos do Instituto e traz as principais mensagens para os líderes das organizações.
É isso: precisamos ser mais diversos e humanos nas salas dos Conselhos. O mundo já vinha mudando, mas a pandemia nos mostrou que o momento para transformar definitivamente o mais alto nível da governança corporativa é aqui e agora. E isso está acontecendo.
Opinião todos temos, mas nada como basear nossas análises e decisões em fatos e dados. E eles apontam nesta direção. Na recém-divulgada pesquisa “Sustainability in the Spotlight: Board ESG Oversight and Strategy”, conduzida por Spencer Stuart e Diligent Institute, 85% dos 590 conselheiros consultados disseram estar tomando alguma medida para aumentar a sua competência e fluência em relação a ESG: 42% trazem consultores externos e 38% investem em educação e aperfeiçoamento. Em tempo: essas medidas não são excludentes.
Em seu artigo “Atenção para a composição efetiva do conselho”, de fevereiro de 2021 no Valor Econômico, Vicky Block afirmou: “Hoje, por exemplo, estar preparado para olhar as questões ESG e seu impacto no resultado e perpetuidade do negócio cabem no grupo dos conhecimentos básicos de governança, e não mais como um diferencial”.
Outra voz definidora, a da BlackRock, maior gestora de recursos com US$ 10 trilhões (dez trilhões de dólares) sob gestão, sentenciou no paper “Climate Risk and the transition to a low-carbon economy”, de fevereiro deste ano: “Esperamos que os conselheiros tenham fluência no risco climático e na transição energética para permitir que todo o board — mais que apenas um conselheiro que é ‘expert climático’ — dê supervisão apropriada para os planos e metas da companhia”.
Quando falamos em tendências, vale olhar também para os movimentos que ainda não estão na esfera corporativa, mas jogam a semente para este amanhã.
Um bom exemplo destes movimentos é o “Conselho Jovem”, que acaba de ser criado na governança da Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Este grupo vai apoiar o Conselho de Administração do Pacto Global na recomendação de prioridades e oportunidades para acelerar a Agenda 2030.
Carlo Pereira, diretor executivo da Rede Brasil, explica: “Sentimos necessidade de trazer os jovens para discutir. Percebemos essa demanda crescente entre as lideranças empresariais. Não temos mais assimetria de conhecimento e um mundo tão verticalizado. Os jovens estão vindo com um conhecimento que os mais velhos não têm, e que é necessário também”.
Com a palavra, os jovens conselheiros do Pacto Global: “Nós somos a geração que mais será impactada pelas decisões e escolhas que vocês fazem hoje (…).
Para um mundo em constante e acelerada mudança, diversidade não é apenas algo desejável, mas é uma vantagem estratégica. Empresas com vida longa são empresas diversas, plurais e ambientalmente responsáveis”, afirmaram no lançamento do Conselho.
Transformação é assim, passo a passo. E estamos caminhando rapidamente rumo a Conselhos de Administração mais plurais e diversos e, portanto, mais eficazes.
Inspirado na coluna de Sonia Consiglio (Valor Investe)
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